VATICANO, 30 Set. 13
Nas palavras que pronunciou antes da oração do
Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco reiterou o seu chamado à
oração pela paz na Síria e no Oriente Médio, ao saudar a sua Beatitude Youhanna
X, patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente.
"Dirijo uma saudação particular ao meu Irmão
Sua Beatitude Youhanna X, Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o
Oriente. A sua presença nos convida a rezar uma vez mais pela paz na Síria e no
Oriente Médio", disse o Santo Padre.
O Papa Francisco também recebeu ao meio-dia (hora
local) os participantes no Encontro organizado pela Comunidade de Santo Egídio
que reúne pessoas de religiões diferentes sob o título "A coragem da
esperança". Em seu discurso o Santo Padre destacou que não existe
justificativa religiosa para a violência.
O Papa agradeceu ao professor Andrea Riccardi de
Santo Egídio, pelo seu trabalho do encontro pela paz de 1986 em Assis com o
Beato João Paulo II: "propriamente nestes meses, sentimos que o mundo
precisa do ‘espírito’ que animou aquele histórico encontro. Por que? Por que
tem tanta necessidade de paz. Não! Não podemos jamais resignar-nos diante da
dor de povos inteiros, reféns da guerra, da miséria, da exploração".
"Não podemos assistir indiferentes e imponentes
ao drama de crianças, famílias, idosos, atingidos pela violência. Não podemos
deixar que o terrorismo aprisione o coração de poucos violentos para semear a
dor e a morte de tantos. De modo especial, digamos com força, todos,
continuamente, que não pode haver alguma justificativa religiosa para a
violência. Não pode haver nenhuma justificativa religiosa para a violência,
qualquer que seja a forma como se manifeste".
"O que podemos fazer?" perguntou-se o
Papa: "ter a coragem do diálogo que nos dá esperança" em um mundo e
em uma sociedade onde há pouca paz porque falta o diálogo.
O Santo Padre insistiu que os líderes religiosos
estão chamados a ser verdadeiros dialogantes para atuar na construção da paz
não como intermediários, mas como autênticos mediadores.
"Cada um de nós é chamado a ser um artesão da
paz, unindo e não dividindo, eliminando o ódio e não o conservando, abrindo os
caminhos do diálogo e não levantando novos muros! Dialogar, encontrar-nos para instaurar
no mundo a cultura do diálogo, a cultura do encontro", concluiu.
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