segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Papa reitera o seu chamado a rezar pela paz na Síria e no Oriente Médio e alerta: “não pode haver nenhuma justificativa religiosa à violência”.



VATICANO, 30 Set. 13
Nas palavras que pronunciou antes da oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco reiterou o seu chamado à oração pela paz na Síria e no Oriente Médio, ao saudar a sua Beatitude Youhanna X, patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente.

"Dirijo uma saudação particular ao meu Irmão Sua Beatitude Youhanna X, Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente. A sua presença nos convida a rezar uma vez mais pela paz na Síria e no Oriente Médio", disse o Santo Padre.

O Papa Francisco também recebeu ao meio-dia (hora local) os participantes no Encontro organizado pela Comunidade de Santo Egídio que reúne pessoas de religiões diferentes sob o título "A coragem da esperança". Em seu discurso o Santo Padre destacou que não existe justificativa religiosa para a violência.

O Papa agradeceu ao professor Andrea Riccardi de Santo Egídio, pelo seu trabalho do encontro pela paz de 1986 em Assis com o Beato João Paulo II: "propriamente nestes meses, sentimos que o mundo precisa do ‘espírito’ que animou aquele histórico encontro. Por que? Por que tem tanta necessidade de paz. Não! Não podemos jamais resignar-nos diante da dor de povos inteiros, reféns da guerra, da miséria, da exploração".



"Não podemos assistir indiferentes e imponentes ao drama de crianças, famílias, idosos, atingidos pela violência. Não podemos deixar que o terrorismo aprisione o coração de poucos violentos para semear a dor e a morte de tantos. De modo especial, digamos com força, todos, continuamente, que não pode haver alguma justificativa religiosa para a violência. Não pode haver nenhuma justificativa religiosa para a violência, qualquer que seja a forma como se manifeste".

"O que podemos fazer?" perguntou-se o Papa: "ter a coragem do diálogo que nos dá esperança" em um mundo e em uma sociedade onde há pouca paz porque falta o diálogo.

O Santo Padre insistiu que os líderes religiosos estão chamados a ser verdadeiros dialogantes para atuar na construção da paz não como intermediários, mas como autênticos mediadores.

"Cada um de nós é chamado a ser um artesão da paz, unindo e não dividindo, eliminando o ódio e não o conservando, abrindo os caminhos do diálogo e não levantando novos muros! Dialogar, encontrar-nos para instaurar no mundo a cultura do diálogo, a cultura do encontro", concluiu.

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