Uma
imensa multidão participou, na Praça de São Pedro e imediações, assim como
nos variados locais de Roma através de ecrans gigante, na Missa de canonização
de João XXIII e de João Paulo II. Presente, concelebrando a Missa, estava o
papa emérito, Bento XVI.
Como
prevê o ritual, a celebração começou com o pedido, apresentado pelo cardeal
Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. No momento da proclamação
solene, intensos os aplausos da imensa assembleia.
Durante
a cerimônia, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo
Amato, acompanhado pelos postuladores de João XXIII e João Paulo II pediu ao
Papa Francisco para que os beatos fossem inscritos no "álbum dos
Santos".
O
Santo Padre logo depois proclamou oficialmente a santidade dos dois Papas sob
os aplausos dos presentes. Eis a fórmula de canonização proferida por
Francisco:
"Em
honra da Santíssima Trindade, para a exaltação da fé católica e incremento da
vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado
várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer de nossos irmãos no
episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos João XXIII e João Paulo
II, inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja
eles sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo."
A docilidade ao Espírito foi “o grande serviço” do Papa João XXIII à Igreja
“Na
convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao
Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um
guia-guiado, guiado pelo Espírito.
Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito Santo.”
Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito Santo.”
Por
sua vez, neste serviço ao Povo de Deus, João Paulo II foi o Papa da família.
“João
Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de
ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que
estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um
caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”
E
o Papa Francisco concluiu a homilia fazendo votos de “que estes dois novos santos
Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois
anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à
família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo,
a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre
perdoa, porque sempre ama.”
Os
relicários dos dois novos santos foram colocados junto ao altar, com as respectivas
relíquias - uma ampola com sangue de João Paulo II, a mesma da beatificação em
2011, e um fragmento da pele de João XXIII, recolhido na exumação, no ano 2000.
O
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, informou que em
Roma os peregrinos que participaram da canonização de João XXIII e João Paulo
II foram 800 mil. Na Praça São Pedro, na Via da Conciliação e áreas limítrofes
estiveram presentes 500 mil peregrinos.
Participaram
da celebração de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II mais de 120
delegações provenientes de várias partes do mundo, das quais 24 entre chefes de
Estado e monarcas, e 10 chefes de governo. Também estiveram presentes 26 mil
voluntários e 10 mil policiais. Foram disponibilizadas 77 ambulâncias, muitas
delas da Cruz Vermelha Italiana.
Fonte:
Rádio Vaticano
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