terça-feira, 1 de abril de 2014

Em Santa Rita, Campanha da Fraternidade registra aumento de participação

Dados da Organização das Nações Unidas (Onu) apontam que o tráfico humano movimenta 32 bilhões de dólares por ano em todo o mundo, sendo que deste valor, 85% provêm da exploração sexual.
 
Por João José Alencar (colaborador da Pascom)

Com início das atividades da Campanha da Fraternidade na Quarta-feira de Cinzas, a paróquia de Santa Rita dos Impossíveis vem conquistando a atenção da comunidade católica para discutir sobre o tráfico de pessoas. Neste ano, a paróquia conseguiu reunir dezesseis grupos, que se dedicam a refletir sobre o tema por meio de novenas e vias-sacras.

De acordo com padre Humberto de Freitas Vieira, 39 anos, a participação da comunidade em 2013 já foi bastante satisfatória, mas nesse ano superou as expectativas. “Destaco a visita do bispo dom Majella antes do início da Campanha, o que veio a contribuir para que a população participasse das vias-sacras e das novenas”.

Explicações

O tema da Campanha é escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e busca despertar a comunidade cristã para um olhar mais humanizado em relação à realidade que a rodeia. Isso pode ser feito orações, estudos e ações concretas.

Com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, a Igreja Católica do Brasil pretende refletir em 2014 sobre as pessoas que são exploradas pelo tráfico de órgãos, trabalho escravo e prostituição e as formas de combater este mal. A Campanha tem como lema uma passagem da Carta de São Paulo aos Gálatas: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).

Em carta publicada pela CNBB, dom Aloísio Dilli, bispo de Uruguaiana (RS), detalha a importância de abordar o assunto.
 
“Normalmente o crime organizado está por detrás das diversas modalidades de tráfico humano. As pessoas, geralmente, são atraídas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países e ali são cruelmente usadas e escravizadas, gerando fortunas para consciências inescrupulosas e vorazes. A maioria das pessoas traficadas vive em situação de pobreza e grande vulnerabilidade. Isso facilita o aliciamento com falsas promessas de vida melhor”.

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