Por João José Alencar
(colaborador da Pascom)
Com
início das atividades da Campanha da Fraternidade na Quarta-feira de Cinzas, a
paróquia de Santa Rita dos Impossíveis vem conquistando a atenção da comunidade
católica para discutir sobre o tráfico de pessoas. Neste ano, a paróquia
conseguiu reunir dezesseis grupos, que se dedicam a refletir sobre o tema por
meio de novenas e vias-sacras.
De acordo
com padre Humberto de Freitas Vieira, 39 anos, a participação da comunidade em
2013 já foi bastante satisfatória, mas nesse ano superou as expectativas.
“Destaco a visita do bispo dom Majella antes do início da Campanha, o que veio
a contribuir para que a população participasse das vias-sacras e das novenas”.
Explicações
O tema da
Campanha é escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e
busca despertar a comunidade cristã para um olhar mais humanizado em relação à
realidade que a rodeia. Isso pode ser feito orações, estudos e ações concretas.
Com o
tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, a Igreja Católica do Brasil pretende
refletir em 2014 sobre as pessoas que são exploradas pelo tráfico de órgãos,
trabalho escravo e prostituição e as formas de combater este mal. A Campanha
tem como lema uma passagem da Carta de São Paulo aos Gálatas: “É para a liberdade
que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).
Em carta
publicada pela CNBB, dom Aloísio Dilli, bispo de Uruguaiana (RS), detalha a
importância de abordar o assunto.
“Normalmente o crime organizado está por
detrás das diversas modalidades de tráfico humano. As pessoas, geralmente, são
atraídas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades
ou países e ali são cruelmente usadas e escravizadas, gerando fortunas para
consciências inescrupulosas e vorazes. A maioria das pessoas traficadas vive em
situação de pobreza e grande vulnerabilidade. Isso facilita o aliciamento com
falsas promessas de vida melhor”.
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