É hoje a festa daquele que é invocado para
reencontrar coisas perdidas, para jamais faltar o pão ou para encontrar um
amor, um casamento, um namoro. Em muitas igrejas do Brasil e do mundo, o povo
se prepara para celebrar aquele que se tornou o ilustre filho de São Francisco,
seguidor fiel e amigo dos pobres. O jovem português Fernando de Bulhões, movido
pelo desejo de ser missionário, é hoje missionário do mundo todo com o nome de
Santo Antônio de Lisboa, de Pádua, do Brasil, meu , seu, nosso Santo Antônio.
Na tradição popular, Antônio é conhecido como santo
casamenteiro, invocado por aqueles que querem encontrar alguém especial para
viver juntos. Talvez a tradição venha do fato, de Santo Antônio ter sido grande
pregador do valor da família e do casamento, em terras do norte da Itália, onde
viveu por muitos anos. O que se sabe ao certo, é que este teólogo franciscano,
ganhou em vida muito respeito e admiração do povo italiano, português e
francês. De fato, foi um incansável pregador do Evangelho e testemunho do Reino
de Deus onde viveu.
Qual seria então a relação deste santo, com o dia
dos namorados? Sabe-se que nos países do norte (Estados Unidos e Europa), o dia
dos namorados é celebrado em 14 de fevereiro, dia do martírio de São Valentim,
por isso mesmo este dia é chamado naqueles países de “Dia de São Valentim”,
santo europeu que teria sido grande incentivador do namoro e casamento, mesmo
sendo perseguido pelo imperador que havia proibido os mesmos em tempos de
guerra.
No Brasil, entretanto, a data é comemorada no dia
12 de junho, por quê? Justamente, porque a festa de Santo Antônio é no dia
seguinte, 13 de junho, e o santo casamenteiro português é muito mais conhecido
aqui do que São Valentim. Logo, a data foi criada pelo comércio paulista e
depois assumida por todo o comércio brasileiro para reproduzir o mesmo efeito
do Dia de São Valentim, equivalente nos países do hemisfério norte, para
incentivar a troca de presentes entre os “apaixonados”.
Acima de dados históricos, de lendas ou tradições
populares, está a figura destas pessoas, que nos precederam na busca e na
pregação de valores essenciais. Cabe, sempre lembrar, que o frade Antônio ou o
bispo Valentim, foram muito incisivos em suas pregações, muito coerentes em
suas vidas e testemunharam no meio dos seus, aquilo em que eles acreditavam.
Em tempos modernos, fica a dica: por mais que os
tempos passem, os valores permanecem firmes e iguais. Pode-se até rezar a Santo
Antônio para arrumar um namorado ou casamento, mas não se pode esquecer que
acima de tudo, está o compromisso que se assume, o valor que se dá a alguém e a
fidelidade da vida a dois.
Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
Fonte: www.pvf.com.br
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