quinta-feira, 27 de março de 2014

Em Rio Verde (GO), encontro destaca espiritualidade de secretários de paróquia

A igreja, mais do que um templo, é o trabalho de cada um dos nós para a construção do Reino de Deus, com respeito, justiça e igualdade. Palavras de Jesus... que nos mostrou a importância de sermos operários dessa grande messe chamada vida, independente do posto que ocupemos.
 
Por Aline dos Anjos e Gibran Lachowski (Pascom Santa Rita)

Nesse sentido, há serviços na igreja que passam despercebidos, mas que precisam ser valorizados, e um deles é o trabalho das secretárias e secretários de paróquia. Nos dias 11, 12 e 13 de março, em Rio Verde, no Centro de Treinamento João Paulo XXIII, pessoas que desempenham essas funções participaram de um encontro de formação.

Foto: Diocese de Jataí
O evento foi conduzido pelo padre Cristiano Faria, pároco da catedral Divino Espírito Santo, de Jataí. O encontro destacou a espiritualidade do trabalho da Secretaria Paroquial, com base no tema “Igreja – Comunidade de comunidades” (orientações dos documentos da CNBB).

“O encontro serviu de aprendizado e pretendo aplicar os conhecimentos nos trabalhos junto à igreja”, explica Helizabeth Cristina Gomes Ferreira Vieira, 25 anos, a secretária da Paróquia Santa Rita dos Impossíveis, em Santa Rita do Araguaia.

Mas o que significa secretariar uma paróquia?

Um(a) secretário(a) de paróquia marca as reuniões do padre, atende o telefone, agenda eventos para as dependências da igreja, ouve as pessoas da comunidade que querem falar com o pároco, interage com as pastorais, movimentos e serviços, registra em ata atividades religiosas e de vez em quando até “funciona como psicóloga”.

“Às vezes é cansativo mentalmente, mas muito prazeroso, pois além de tudo, de alguma forma, estamos servindo a Deus”, comenta Beth, como é mais conhecida a secretária da paróquia Santa Rita dos Impossíveis.

Casada, mãe, formada em Enfermagem, ela considera sua labuta diária um ótimo trabalho. Beth atua como secretária na matriz desde 2012 e conta que em várias ocasiões as pessoas vão até a igreja para falar com o padre, mas acabam se abrindo também com ela e revelando seus problemas. Daí a necessidade de agir como “psicóloga”.

Opiniões

A funcionária pública e coordenadora da Pastoral da Acolhida, Suely França Borges Barcelos, 41 anos, aponta características de uma secretária de paróquia e reforça a importância do serviço desempenhado. “É preciso ter disponível uma pessoa para secretariar os acontecimentos na igreja, pois o pároco e as pastorais não conseguem manter a paróquia organizada se estiverem sozinhos. Para isso é importante ser cristã e evangelizadora dentro de sua função”.

O empresário e coordenador do Conselho Administrativo, Enediney Acácio Vieira, 32 anos, menciona que, além do trabalho desenvolvido na igreja, Beth é também “uma mãe atenciosa, boa esposa e sempre disposta a ajudar”.

História

Desde pequena os pais de Beth (José Agostinho Ferreira e Maria da Piedade Gomes de Alcântara Ferreira) a levavam para a igreja, ainda que não entendesse o que estava acontecendo. Foi batizada, fez Primeira Eucaristia e Crisma na matriz.

Com um ano de casada (com Fernando Acácio Vieira) foi para a paróquia digitar livros de registro e assim acabou substituindo a então funcionária da igreja. Um ano depois, em março de 2013, nasceu Felipe, que se tornou mais uma figura constante no dia a dia de Santa Rita dos Impossíveis. É fácil ver a criança nos braços da mãe e do pai ou fazendo folia entre os participantes de reuniões, assembleias e encontros.

“Hoje eu levo ele nas missas mesmo sabendo que ele não vai entender e não vai ficar quieto, mas tento fazer com ele o mesmo caminho que meus pais fizeram comigo. Tento mostrar a ele o melhor caminho desde pequeno”.

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