A pobreza na América Latina e no Caribe afetará 164 milhões de pessoas até o fim de 2013, o que equivale a 27,9% da população, números muito semelhantes aos do ano passado e que representam uma freada forte às sucessivas quedas dos últimos anos, informou nesta quinta-feira (05/12) a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) no relatório “Panorama Social da América Latina 2013”.
A
informação é divulgada por Opera Mundi, 05-12-2013.
O
documento mostra, ainda, que o ritmo com que as taxas de pobreza e indigência
vieram se reduzindo durante a última década vai desacelerar. Segundo o
organismo, os resultados estão relacionados com a moderação do crescimento
econômico da região, enquanto o ligeiro aumento dos níveis de indigência se
deve ao aumento do preço dos alimentos.
"Desde
2002, a pobreza na América Latina caiu 15,7 pontos percentuais e a indigência,
oito pontos, mas os números recentes mostram uma desaceleração", disse a
secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, ao apresentar o
relatório.
Em termos
absolutos, a pobreza se manterá estável neste ano em comparação a 2012, quando
também afetou 164 milhões de latino-americanos. Em 2013, ela baixará levemente
- 0,3 ponto percentual. A indigência, por outro lado, passará dos 66 milhões de
pessoas do ano passado para 68 milhões em 2013, o que representa um aumento de
0,2.
A Cepal
indicou que seis dos 11 países com informação disponível de 2012 registraram
diminuições em suas taxas de pobreza em relação ao ano de 2011.
Na Venezuela
a taxa caiu 5,6 pontos percentuais, de 29,5% a 23,9%; no Equador desceu
de 35,3% a 32,2% em 2012 e no Brasil se reduziu de 20,9% a 18,6%. Também
diminuíram os níveis de pobreza em 2012 no Peru(27,8% a 25,8%), na Argentina
(5,7% a 4,3%) e na Colômbia(34,2% a 32,9%).
A pobreza se manteve estável na
Costa Rica (17,8%), em El Salvador (45,3%), no Uruguai (5,9%)
e na República Dominicana (41,2%), enquanto no México aumentou de
36,3% a 37,1%. A
Cepal não obteve números de outros países como Chile, Bolívia,
Guatemala, Honduras, Panamá e Paraguai.
Bárcena afirmou que "o único número aceitável de pessoas vivendo na pobreza é zero", por isso convocou os países a realizarem uma "mudança estrutural em suas economias para crescer de forma sustentada com mais igualdade".
Fonte: IHU
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