Zenit.org - Tempos difíceis para os jovens! No
terceiro milênio, eles vivem uma época em que a família sofre um ataque sem
precedentes.
Ouve-se
falar cada vez mais de divórcios-relâmpago, de uniões civis, de coabitação, de
casamentos temporários... Felizmente, nem tudo é apenas isso. Para muitos
jovens, vem chegando um evento importante: o encontro do papa Francisco com os
namorados, no dia 14 de fevereiro, festa de São Valentim, na Sala Paulo VI do
Vaticano. Grande parte dos países celebra nessa data o dia dos namorados,
equivalente ao 12 de junho no Brasil.
O
encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Família, terá um belo
tema: "A alegria do sim para sempre", alegria que, nos últimos anos,
parece ameaçada por uma triste não-cultura da impermanência e do
não-compromisso.
Até
as palavras "namorado" e "namorada" estão ameaçadas de
extinção. Hoje se diz, simplesmente, que "estamos juntos". É verdade
que duas pessoas que se amam “estão juntas”. Mas a expressão esconde um engano:
ela exclui a perspectiva de futuro. É uma expressão fria, anônima,
insignificante, que resume a falta de planejamento de certas relações de hoje.
Nos
últimos anos, difundiu-se a “moda” de coabitar, que raramente leva os jovens
até o casamento. O casal vaga durante anos num limbo sem rumo, recusando-se a
assumir e formalizar a própria responsabilidade. Há pessoas que dizem:
"Estamos bem assim, não precisamos de casamento. O importante é o amor".
Por
trás de afirmações como esta, esconde-se, muitas vezes, uma amargura profunda,
mascarada pela mentira do "estamos bem". Em muitos casos, nas uniões
“de facto”, há uma pessoa que gostaria de se casar e outra que nem quer ouvir
falar em casamento. A pessoa que quer se casar sofre com esta situação
passivamente, por hábito ou por medo de acabar sozinha. E o “amor” se
transforma em chantagem, em ditadura esquálida.
Significa
também, e acima de tudo, ser capaz de ver o outro como um ser humano, não como
um objeto a ser usado e jogado fora quando não servir mais.
O
desejo de amar e ser amado nasce frequentemente para preencher um vazio ou para
satisfazer as próprias necessidades. Mas depois, na hora do comprometimento, do
sacrifício pessoal, começam os problemas. Há uma tendência a fugir, a não
assumir a responsabilidade.
No
encontro com os jovens da Umbria, em 4 de outubro de 2013, o papa Francisco
disse: "O que é o casamento? É uma verdadeira vocação, como o sacerdócio e
a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconhecem na sua história de amor
o chamado de Deus, a vocação para formar, a partir de dois, o masculino e o
feminino, uma só carne, uma só vida. E o sacramento do matrimônio envolve esse
amor com a graça de Deus, enraizada no próprio Deus. Com este presente, com a
certeza deste chamado, pode-se começar com segurança, sem medo de nada,
enfrentando tudo juntos!".
Neste
dia de São Valentim, milhares de jovens se reunirão em Roma para testemunhar a
"alegria do sim para sempre", que está enraizada no coração de cada
um deles.
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