quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eu quero te amar para sempre!

Milhares de namorados se reunirão com o papa Francisco na festa de São Valentim



Zenit.org - Tempos difíceis para os jovens! No terceiro milênio, eles vivem uma época em que a família sofre um ataque sem precedentes.

Ouve-se falar cada vez mais de divórcios-relâmpago, de uniões civis, de coabitação, de casamentos temporários... Felizmente, nem tudo é apenas isso. Para muitos jovens, vem chegando um evento importante: o encontro do papa Francisco com os namorados, no dia 14 de fevereiro, festa de São Valentim, na Sala Paulo VI do Vaticano. Grande parte dos países celebra nessa data o dia dos namorados, equivalente ao 12 de junho no Brasil.

O encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Família, terá um belo tema: "A alegria do sim para sempre", alegria que, nos últimos anos, parece ameaçada por uma triste não-cultura da impermanência e do não-compromisso.

Até as palavras "namorado" e "namorada" estão ameaçadas de extinção. Hoje se diz, simplesmente, que "estamos juntos". É verdade que duas pessoas que se amam “estão juntas”. Mas a expressão esconde um engano: ela exclui a perspectiva de futuro. É uma expressão fria, anônima, insignificante, que resume a falta de planejamento de certas relações de hoje.

Nos últimos anos, difundiu-se a “moda” de coabitar, que raramente leva os jovens até o casamento. O casal vaga durante anos num limbo sem rumo, recusando-se a assumir e formalizar a própria responsabilidade. Há pessoas que dizem: "Estamos bem assim, não precisamos de casamento. O importante é o amor".

Por trás de afirmações como esta, esconde-se, muitas vezes, uma amargura profunda, mascarada pela mentira do "estamos bem". Em muitos casos, nas uniões “de facto”, há uma pessoa que gostaria de se casar e outra que nem quer ouvir falar em casamento. A pessoa que quer se casar sofre com esta situação passivamente, por hábito ou por medo de acabar sozinha. E o “amor” se transforma em chantagem, em ditadura esquálida.

O amor verdadeiro é outra coisa. Amar significa, sem nenhuma dúvida, comprometer-se.

Significa também, e acima de tudo, ser capaz de ver o outro como um ser humano, não como um objeto a ser usado e jogado fora quando não servir mais.

O desejo de amar e ser amado nasce frequentemente para preencher um vazio ou para satisfazer as próprias necessidades. Mas depois, na hora do comprometimento, do sacrifício pessoal, começam os problemas. Há uma tendência a fugir, a não assumir a responsabilidade.

No encontro com os jovens da Umbria, em 4 de outubro de 2013, o papa Francisco disse: "O que é o casamento? É uma verdadeira vocação, como o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconhecem na sua história de amor o chamado de Deus, a vocação para formar, a partir de dois, o masculino e o feminino, uma só carne, uma só vida. E o sacramento do matrimônio envolve esse amor com a graça de Deus, enraizada no próprio Deus. Com este presente, com a certeza deste chamado, pode-se começar com segurança, sem medo de nada, enfrentando tudo juntos!".

Neste dia de São Valentim, milhares de jovens se reunirão em Roma para testemunhar a "alegria do sim para sempre", que está enraizada no coração de cada um deles.

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