O evento,
promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a
Vida Consagrada e pela Organização de Seminários e Institutos
Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib), reuniu 232 pessoas, entre reitores de
seminários, seminaristas, diretores de institutos, professores, psicólogos,
padres, bispos, religiosos (as) que refletiram sobre o tema “Presbíteros
segundo o coração de Jesus para o mundo de hoje” e lema “Corramos com
perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2).
Leia, na
íntegra, a mensagem final do seminário.
MENSAGEM
FINAL DO II SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE A FORMAÇÃO PRESBITERAL (20-25/01/2014)
“Presbíteros
segundo o coração de Jesus, para o mundo de hoje”
“Corramos
com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2)
1. Nós,
232 participantes do II Seminário Nacional sobre a Formação Presbiteral,
formadores, formandos e leigos comprometidos com a formação presbiteral em
nossas Dioceses, nos reunimos aos pés de Nossa Senhora Aparecida, “Mãe do
Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos” (Papa Francisco),
neste momento eclesial característico, para em atitude de escuta, oração e
diálogo, sondar indicações para que nossos Seminários se tornem sempre mais
lugar de vida e vida plena (cf. Jo 10, 14).
2. A
vocação ao ministério ordenado é dom e tarefa. Dom, pois, sua origem não está
em nós mesmos. Ao início do nosso ser cristão, seminarista e presbítero, está o
encontro com a Pessoa de Jesus e seu projeto: “Não fostes vós que me
escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16). E é tarefa, pois, cada um é
convocado a fazer crescer e frutificar o dom recebido na comunhão do
presbitério. A vida se fortalece em se doando (cf. Papa Francisco. Evangelii
Gaudium, n. 10).
3. Com o
coração pulsante, dispostos para “o bom combate da fé” (2Tm 4,7), queremos ter
sempre os “olhos fixos em Jesus” (Hb 12,2). Apressamo-nos na corrida “do
certame que nos é proposto” (Hb 12,1b), até o dia em que o Senhor, por sua
graça e misericórdia, nos chamar para o convívio definitivo.
4.
Reconhecemos as fragilidades, as dificuldades e os desafios nossos e de nossas
instituições formativas. Isto nos conscientiza de que precisamos ainda melhor
qualificar o processo formativo. Dispomo-nos, como formadores, a esse
ministério por amor ao Senhor, à Igreja, a nossos presbitérios e ao nosso povo.
Sabemos que o testemunho de pessoas apaixonadas pelo Crucificado-Ressuscitado é
fundamental neste nosso serviço. “Ele é a fonte da nossa esperança, e não nos
faltará a sua ajuda para a missão que nos foi confiada” (Papa Francisco. Evangelii
Gaudium, n. 278).
5. O
ministério ordenado, como participação no sacerdócio de Cristo, fiel à vontade
do Pai, misericordioso e solidário, só pode ser compreendido à luz da fé. Para
viver generosamente esse dom, precisamos cuidar do coração, tornando-o pleno de
ardor e fervor, deixando de lado tudo que atrapalha à configuração com Jesus
Cristo.
6. Em
nossa missão, sejamos perseverantes e não nos deixemos abater pelos desafios,
pois Cristo é nossa vida e nosso guia, nossa esperança e nosso fim, nossa única
referência. Como discípulos-missionários, queremos lançar-nos na missão de
proclamar a “boa nova da parte de Deus” (Cf. Mc 1, 38), na alegria da “loucura
da Cruz” (1Cor 1,18).
7. Na
arte de formar presbíteros segundo o coração de Jesus, somos exortados a sair
de nossas comodidades e autorreferências e, sem medo, ir às periferias
existenciais que marcam nosso tempo. Dispomo-nos à missionariedade
característica dos discípulos daquele “que passou por entre nós fazendo o bem”
(At 10,38), e que “fazia bem todas as coisas” (Mc 7,36).
8.
Queremos ser como Jesus: homens de vigor espiritual, pobres e zelosos no
exercício da caridade pastoral. Que a intimidade com a sua Palavra viva e
eficaz e com a Eucaristia, ilumine e alimente nossa vocação e nosso ministério.
9.
Agradecidos por este II Seminário, invocamos a intercessão de São Luiz Gonzaga
e São João Maria Vianney, padroeiros dos seminaristas e dos padres, para que
possamos sempre e de novo responder ao convite do Senhor – “Vem e segue-me” (Mt
19,21) – e permanecer no seu amor (cf. Jo 15,9).
Aparecida
(SP), 25 de janeiro de 2014
CNBB
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