Os festejos em homenagem à Santa Rita dos Impossíveis
foram marcados por devoção e respeito à padroeira. Um dos momentos em que isso
ficou mais evidente foi durante a procissão iniciada na fazenda Salgueiro (zona
rural de Santa Rita do Araguaia), que seguiu até a igreja matriz (no centro) e
contou com cerca de 300 pessoas. A caminhada ocorreu na quinta-feira (22) à
tarde e significou realmente uma demonstração de fé.
A procissão estava marcada para sair da fazenda às 17h,
porém, 30 minutos antes começou uma chuva que durou cerca de uma hora, dificultando
a chegada dos devotos à matriz – o que não tirou a alegria de ninguém. A caminhada
iniciou aproximadamente às 17h45 e, ainda debaixo de uma garoa, muitos cumpriram
a promessa de seguir descalços, em agradecimento e honra à Rita de Cássia. Por
conta da chuva, o terreno ficou escorregadio, o que dificultou a caminhada, mas
não a ponto de atrapalhar o clima de oração e a confiança na santa que roga
pelas causas impossíveis.
O trajeto foi feito em parte em estrada de chão,
enlameado pela chuva, e em parte no asfalto. Jovens, adultos e idosos fizeram questão
de agradecer com seus próprios esforços as graças que obtiveram por meio da
intercessão da padroeira. Crianças vestidas de anjinhos eram carregadas por
suas mães. Homens se dispunham a levar no colo filhos de mulheres já cansadas
pela caminhada no meio do barro.
A procissão foi animada por cantos e pela oração dos
terços mariano e da misericórdia. “Este ano foi muito emocionante, emotivo. Foi
bonito ver as pessoas caminhando na chuva. E pude ver muito mais gente participando”,
constatou a ministra da eucaristia e coordenadora da Pastoral dos Coroinhas
e Acólitos, Rosângela Araújo Martins, de 48 anos.
Ao chegar à matriz, o andor e os integrantes da
procissão foram recebidos por um grupo de devotos, que entoou um canto
ressaltando a garra, a determinação e a doçura da santa que recebeu um estigma
de Cristo em sua testa. Cerca de 500 pessoas lotaram a igreja, numa
demonstração de fé.
Na homilia, o bispo da Diocese de Jataí, dom José Luiz
Majella Delgado, de 60 anos, relembrou os
principais fatos da história de Santa Rita e afirmou que o mundo precisa de
mulheres de oração e que levem suas famílias para Deus.
No final da celebração eucarística, foram distribuídas
rosas aos fiéis, que significam a entrada de Rita na vida religiosa e o amor
que ela tinha por Cristo. A entrega tornou-se tradição na comunidade; os fiéis guardam
as flores como lembranças da santa.
Essa tradição se relaciona com outro fato chamativo na
história de Rita de Cássia. É que a ferida provocada pelo estigma em sua testa,
mesmo depois de centenas de anos, cheira a rosas e está intacta, assim como seu
corpo.
Veja mais fotos nos álbuns de nossa página social:
Nenhum comentário:
Postar um comentário