
Com
essas palavras, o Papa Francisco inicia a Mensagem enviada à 103º Conferência
Internacional do Trabalho, em andamento no Palácio da ONU em Genebra, na Suíça,
que se realiza deste 28 de maio a 12 de junho com o tema "Construir um
futuro com trabalho decente".
Recordando
o momento crucial na história econômica e social em que esta Conferência se
realiza, o Santo Padre destaca que "o desemprego está tragicamente
expandindo as fronteiras da pobreza", situação particularmente
desconfortante para os jovens desempregados, que podem se sentir
"alienados da sociedade".

Globalização
da Indiferença e Lucro Desenfreado
O
Papa denuncia mais uma vez que não conseguindo muitas vezes encontrar um
trabalho digno, estes homens e mulheres tornam-se vítimas de uma certa
"globalização da indiferença", acrescentando que tal situação os
expõe a ulteriores perigos, como o horror do tráfico de seres humanos, o
trabalho forçado e a redução ao estado de escravidão.

O
papa propôs reforçar as formas existentes de cooperação e de estabelecer novos
caminhos para fazer crescer a solidariedade. Isso requer um renovado
compromisso em favor da dignidade de toda pessoa; "uma mais determinada
realização dos padrões internacionais do trabalho; a planificação de um
desenvolvimento focalizado na pessoa humana qual protagonista central e
principal beneficiária; uma avaliação das responsabilidades das sociedades
multinacionais nos países onde atuam, incluindo os setores da gestão do lucro e
do investimento", ressalta.
O
Papa conclui afirmando que a doutrina social da Igreja Católica apóia as
iniciativas da OIT, que pretendem promover a dignidade da pessoa humana e a
nobreza do trabalho, encorajando-os em seus esforços ao enfrentar os desafios
do mundo atual, permanecendo fiéis a tais nobres objetivos. (RL)
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