
Catalão,
nascido em 1928, dom Pedro veio ao Brasil em 1968 para atuar como missionário.
Um dos fundadores da Teologia da Libertação, assumiu a opção pelos pobres. Em
1968, após um período de aclimatação no Rio e em São Paulo, mudou-se em
definitivo para São Félix do Araguaia.
Nesta região, como missionário
claretiano, acompanhava os Xavante. Em 1970, foi nomeado bispo e prelado de São
Félix do Araguaia pelo papa Paulo VI.
Junto com
Dom Thomaz Balduíno, Casaldáliga fundou o Conselho Indigenista Misionário
(CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A
perseguição a Dom Pedro e sua equipe teve seu auge entre 1971 e 1976. Ele sofreu
diversas ameaças de morte. Em 1976, foi assassinado o padre João Bosco Burnier,
quando ele e dom Pedro foram defender duas mulheres camponesas torturadas na
delegacia de Ribeirão Cascalheira.

Por sete
vezes a ditadura tentou expulsá-lo do Brasil sob as mais diversas acusações.
Devido ao seu trabalho pastoral na defesa de indígenas e pelo direito à terra e
reforma agrária, o bispo foi detido arbitrariamente em sua casa e na Catedral,
espancado, além de ameaçado de morte várias vezes, pois sua luta confrontava-se
com o projeto político de expansão da fronteira agrícola norte para dentro dos
limites da Amazônia Legal. Ele afirma que o pior legado da ditadura é o clima
de terror que ainda paira sobre as populações do Araguaia.
Dom Pedro
Casaldáliga foi ouvido pelos pesquisadores da CNV Anivaldo Padilha, Luci Buff,
Jorge Atílio Iulianelli e Daniel Lerner.
Fonte: Pastoral da Juventude
Nenhum comentário:
Postar um comentário