“Não
basta estar conectados, é necessário que a conexão vá acompanhada de um
verdadeiro encontro. Precisamos de ternura. Nossos meios são convidados a
comunicar a ternura de Deus para as pessoas. Não somos uma rede de cabos, mas
de pessoas humanas”, enfatizou o Prelado.
Durante
o evento, a autoridade vaticana assinalou que a pastoral da comunicação deve
ter em conta o aumento do número de “nativos digitais”, quer dizer, aquelas
pessoas que nasceram durante ou depois da revolução tecnológica e que fazem das
novas tecnologias parte de sua vida cotidiana.
“Nosso
problema não é como nos aproximamos da realidade de hoje, mas como nos
preparamos para os próximos anos, como acompanhamos este caminho e nos preparamos
pastoralmente”, explicou.
Nesse
sentido, indicou que houve um discernimento prévio antes de abrir a conta do
Twitter @Pontifex. O desafio é “descobrir, com audácia e prudência, as formas
mais adequadas e eficazes de comunicar a mensagem evangélica aos homens de
nosso tempo”, e assegurou que a dimensão primitiva da comunicação evangelizadora
é o testemunho.
Dom
Celli disse que o magistério da comunicação passou de uma visão instrumental
dos meios de comunicação a uma visão ambiental, pois os meios criam um ambiente
de vida, o continente digital, onde vivem centenas de milhões de pessoas. “Eu
não utilizo a Internet para evangelizar, mas evangelizo na Internet, habitando
na Internet. Isto supõe uma mudança cultural de visão”, destacou.
Durante
a sua exposição, a autoridade vaticana também aprofundou em alguns conceitos
que o Papa Francisco destacou em sua mensagem para a Jornada Mundial das
Comunicações Sociais, onde assinala que a comunicação é, definitivamente, uma
conquista mais humana que tecnológica, e o poder da comunicação é a sua
proximidade, vista da perspectiva da parábola do Bom Samaritano.
O
representante vaticano concluiu afirmando que 60 milhões de pessoas recebem os
tweets do Papa. “Isso significa entrar em diálogo, acompanhar o caminho dos
seres humanos; uma Igreja que acompanha no caminho sabe colocar-se no caminho
com todos, sem exclusões”, indicou.
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