sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os comentários à Evangelii gaudium na imprensa internacional

 
“Uma pessoa que não está convicta, não é entusiasta, segura, apaixonada, não consegue convencer ninguém. Para evangelizar, o Papa aposta antes de tudo na alegria contagiosa”: comentando a Evangelii gaudium  no La Croix, Sébastien Maillard evidenciou o convite à alegria. “No centro da sua exortação apostólica, apresentada no dia 26 de Novembro em Roma,  resume o que procura obter”.

Em sintonia o editorial de Dominique Greiner, Une Église hors-les-murs, publicado no mesmo jornal: “Quando denuncia com vigor os defeitos do mundo atual, como por exemplo a economia que “mata”, produzindo exclusão e desigualdades sociais, fá-lo com a convicção de que a Igreja tem uma responsabilidade de primeiro plano a assumir  a fim de indicar um caminho para uma felicidade e alegria autênticas às quais muitos aspiram sem as encontrar. A ela cabe sair dos muros para escutar  esta exigência e propor a sua mensagem”.

Seriam suficientes “as primeiras, vertiginosas páginas”, comenta  Gian Guido Vecchi no Corriere della Sera, no artigo L'enciclica da conversione del papato. “Francisco – escreveu Luigi Accattoli no mesmo jornal –   lança a Igreja de Roma na aventura: tínhamo-lo compreendido pelo nome  que escolheu, mas  agora há a proclamação no documento”.

A Evangelii gaudium é como um I have a dream de Francisco, escreveu John L. Allen Jr. no site National Catholic Report. Inicia com um sonho, “como primeira impressão parece ser algo excepcional. O texto chega a nós com as já familiares e coloridas expressões de linguagem ‘caseira’ de Francisco. Noutro ponto, ele insiste sobre o fato de que “a Igreja não é uma alfândega”.

Embora não exponha um projeto completo de reforma, vai além de meras sugestões, dando indicações claras de direção. A alternativa, adverte Francisco, não é agradável. “Não se vive melhor fugindo dos outros, escondendo-se, negando-se à partilha, se se resiste a dar, se nos fechamos na comodidade”, escreve. “Isto é só um suicídio lento”.

Liam Moloney, no Wall Street Journal, no artigo Pope Francis Criticizes Economic Inequality in Mission Manifesto, frisou a crítica da “confiança rude e ingênua” no mercado livre  deixado aos seus mecanismos, que com demasiada frequência favorece uma “cultura do descartável”, que considera certas categorias de pessoas como objetos à disposição, criando “uma nova tirania invisível, às vezes virtual”.

Também Zachary A. Goldfarb e Michelle Boorstein no Washington Post comentam a denúncia de idolatria do dinheiro e Cindy Wooden (Catholic News Service) ressalta os trechos nos quais se fala da valorização da mulher no âmbito da Igreja.

O jornal espanhol La Razón sintetiza a road map do Papa Bergoglio em dez pontos – Los 10 mandamientos de la Revolución  Francisco, de Darío Menor – e o mesmo fazem os mais difundidos meios de comunicação polacos, entre outros  o diário Nasz Dziennik e a  agência Kai, evidenciando a originalidade, o estilo e o carácter programático do documento. 

No Twitter o cineasta americano Michael Moore termina a  mensagem  na qual comenta as palavras do Papa Francisco com um hashtag, #yikes, que indica uma expressão de surpresa favorável. (silvia guidi)

Fonte: Observatório Romano

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