quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A comunhão fraterna nos leva à comunhão com Deus, afirma o Papa

ACI/EWTN Noticias.- Na Audiência Geral desta quarta-feira, 30, realizada na Praça de São Pedro, o Papa Francisco refletiu sobre a “comunhão dos Santos”, e assegurou que a experiência da comunhão fraterna nos leva à comunhão com Deus.

Ao refletir sobre “a comunhão entre as pessoas santas”, Francisco indicou que esta é “uma verdade das mais consoladoras da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas que existe uma comunhão de vida entre todos os que pertencem a Cristo”.

“Uma comunhão que nasce da fé; de fato, o termo ‘Santos’ se refere àqueles que acreditam no Senhor Jesus, e são incorporados a Ele na Igreja através do Batismo. Por isso os primeiros cristãos também foram chamados ‘Santos’”.

O Santo Padre sublinhou que “a Igreja, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Padre no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna”.

“Esta relação entre Jesus e o Pai é a ‘matriz’ da união entre nós cristãos: se estivermos intimamente incluídos nesta "matriz", neste forno ardente de amor que é a Trindade, então podemos verdadeiramente nos convertermos em um único coração e em uma só alma entre nós, porque o amor de Deus queima nossos egoísmos, nossos preconceitos, nossas divisões internas e externas”.
“O amor de Deus queima também nossos pecados”, indicou.

O Papa assinalou ainda que a experiência da comunhão fraterna nos leva à comunhão com Deus. “Estar unidos entre nós leva a estar unidos com Deus, a esta união com Deus que é nosso Pai”. “Nossa fé precisa do apoio de outros, especialmente nos momentos difíceis! E se estivermos unidos, a fé se faz forte”.

“Como é bonito apoiar-se mutuamente na aventura maravilhosa da fé! Digo isto porque a tendência a fechar-se no privado também influi na esfera religiosa, tanto assim que muitas vezes é difícil procurar ajuda espiritual naqueles que compartilham nossa experiência cristã”.

O Santo Padre perguntou “quem de nós -todos, todos!- quem de nós não experimentou inseguranças, desorientações e inclusive dúvidas no caminho da fé? Todos, todos experimentamos isto: eu também. Todos. É parte do caminho da fé, é parte de nossa vida”.

“Nada disto não deve surpreender-nos, porque somos seres humanos, marcados pela fragilidade e pelas limitações. Todos nós somos frágeis, todos temos limitações: não se assustem. Todos as temos! Entretanto, nestes momentos difíceis temos que confiar na ajuda de Deus, através da oração filial, e ao mesmo tempo, é importante encontrar a coragem e a humildade para estar abertos a outros, para pedir ajuda”. Francisco assinalou logo que “a comunhão dos Santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre”.

“Esta união entre nós vai além desta vida e contínua na outra. É uma união espiritual que nasce do Batismo, não se corta com a morte, mas, graças a que Cristo ressuscitou, está destinada a encontrar sua plenitude na vida eterna”.

O Papa indicou que existe “um vínculo profundo e indissolúvel entre os que ainda são peregrinos neste mundo, entre nós, e os que já cruzaram o limiar da morte para a eternidade. Todos os batizados na terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que estão já no Paraíso formam uma única grande Família. Esta comunhão entre terra e céu se realiza sobre tudo na oração de intercessão”.

“Queridos amigos, temos esta beleza, a memória da fé: é nossa realidade, de todos, que nos faz irmãos, que nos acompanhamos no caminho da vida, e vamos nos encontrar de novo, lá em cima, no Céu. Vamos este por caminho com confiança, com alegria”.

O Santo Padre disse também que “um cristão deve ser alegre, com a alegria de ter tantos irmãos batizados que caminham conosco, e também contar com a ajuda de nossos irmãos e irmãs que realizam esta jornada ao Céu, e também com a ajuda de nossos irmãos e irmãs que estão no Céu e rezam a Jesus por nós”.

“Adiante por este caminho, e com alegria!”, concluiu.

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