segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cáritas envia missão ao Haiti para implantar economia solidária

A situação de pobreza e vulnerabilidade social que assola a população do Haiti é um dos pontos a ser discutido durante a XIX Assembleia Nacional da Cáritas Brasileira, que começa nesta quinta-feira, 17 de outubro, em Brasília, Distrito Federal, e reúne cerca de 250 agentes e voluntários da Rede Cáritas Brasileira.

Além de debater a realidade de pobreza no mundo, através de uma campanha mundial, a Cáritas Brasileira decidiu fazer algo a mais pelo país mais pobre das Américas, e enviará, na próxima semana, dois jovens agentes para uma missão de um ano no Haiti.

"A ida da missão é um gesto não só de apoiar a reconstrução, mas também auxiliar na inserção da economia solidária, organizar a comunidade. Com as nossas grandes experiências no Brasil com a economia solidária, a gente percebe que este seria um instrumento importante para o Haiti, a fim de fortalecer a população”, explicou Maria Cristina dos Anjos, diretora executiva nacional da Cáritas, em entrevista a Adital.

Segundo ela, os jovens selecionados para cumprir a missão no Haiti têm "muita experiência” com a economia solidária e no trabalho junto com comunidades de base, e devem contribuir em ações nacionais de capacitação através das dioceses onde a Cáritas atua no Haiti.

Maria Cristina informou que os jovens ficarão por um ano no país e ao final deste período o projeto será avaliado em suas reais contribuições para o povo haitiano para uma possível ampliação da missão.

"A ação é uma experiência nova para a Cáritas no sentido de não produzir só o repasse de recursos, mas de realizar uma experiência de solidariedade mais concreta, de apoio permanente também na questão das moradias e apoiar os missionários que já estão lá. A nossa ação no Haiti é de longo prazo. O Brasil, a Igreja e a Cáritas podem ajudar na reconstrução do país e a gente apoia esse processo”, detalhou a diretora.

Pobreza no Haiti

A situação de pobreza do Haiti vem de longa data estando vinculada com a submissão à colonização da França, e foi agravada após o terremoto que abalou o país - principalmente sua capital Porto Príncipe – em janeiro de 2010, resultando em cerca de 300 mil mortos e milhares de feridos e desabrigados que até hoje não têm onde morar.

Uma epidemia de cólera meses após o terremoto só fez deixar a população haitiana em condição ainda mais vulnerável. Em todo esse contexto e, apesar dos anúncios de ajuda humanitária internacional para o país, a situação não avançou muito e a população haitiana ainda luta para se reerguer e reconquistar sua dignidade.

Em apoio à soberania, independência e capacidade de se reconstruir é que a Agência de Informação Frei Tito para América Latina e Caribe – ADITAL – lançou o livro Haiti por si: a reconquista da independência roubada, lançado em março deste ano. Para saber mais sobre a obra, clique: http://www.adital.com.br/haitiporsi/

Fonte: Adital.

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