quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nossa Igreja debate a Teologia Indígena e alerta: não podemos demonizar as culturas

Com o objetivo de avaliar, discernir e refletir quais aspectos da cultura indígena podem ser incorporadas à prática da religião católica, será realizado em Bogotá, na Colômbia, o 5º Simpósio sobre a Teologia Indígena. Promovido pelo (CELAM) Conselho Episcopal Latino-americano o encontro que acontecerá em maio de 2014.

"A nós bispos, preocupa o fato que alguns desprezam e demonizam as culturas indígenas, sem conhecê-las bem; querem até mesmo que tudo aquilo que diz respeito ao mundo indígena desapareça da história social e eclesial", alerta Dom Esquivel.

O bispo de San Cristóbal de Las Casas (Chiapas, México) e responsável pela pastoral indígena da Conferência Episcopal Mexicana, dom Felipe Arizmendi Esquivel, afirma que o encontro tem “a finalidade de aprofundar os conteúdos doutrinas daquela teologia, para poder esclarecer melhor vários aspectos, à luz da Palavra de Deus".

Dom Esquivel destaca que “nesses encontros se busca discernimento sobre as crenças, os ritos e os mitos indígenas”, reconhecendo, no entanto “a necessidade da Igreja Católica de ser mais presente nas várias culturas indígenas, mestiças e pós-modernas, como expressão de uma nova evangelização, e a constante urgência de assistir os povos indígenas".

Lançamento:

Neste último dia 23 de outubro, na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) em Bogotá, o Departamento de Cultura e Educação lançou o quarto volume da coleção de teologia indígena “O sonho de Deus na criação humana e no cosmos”, que reúne as memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena, realizado em Lima, no Peru, de 28 de março a 2 de abril de 2011. A informação foi veiculada em comunicado de imprensa assinado por Óscar Elizalde Prada.

Sobre o conteúdo do livro, dom Felipe Arismendi destacou que, no tocante à criação, “Deus se manifestou de muitas maneiras. Neste sentido, queremos ser católicos encarnados nos povos originários”. Por sua vez, dom Pablo Varela manifestou que “a tarefa da Igreja sempre está em andamento, inconclusa (…), no serviço dos povos originários que reconhecemos como interlocutores”.

Fonte: CNBB e Vaticano

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